terça-feira, 20 de janeiro de 2009

E essa mancha?

Outra das minhas crônicas da infância.

Quando eu tinha meus três ou quatro anos, e já começava a treinar minha imaginação fértil, me ocorreu o seguinte causo.

Eu costumava muito ir na casa do meu vô Zé. Muito mesmo, o que é até normal, visitar os avós e etc, eu ia quase todo dia (pelo menos uma vez por semana) e eu sempre tentava encontrar soluções estranhas para coisas cuja explicação não era óbvia.

Bem, é importante lembrar que a casa do meu avô sempre (sempre mesmo) foi co-habitada por cachorros. Sempre em média haviam dois ou três vivendo lá. Nessa época, eram o Spooky (um poodle preto), o Campeão e o Calvin, dois vira-latas. O Campeão era de médio porte, já o Calvin era um pouco maior. Não chegava a ser do tamanho de um São Bernardo mas, enfim, era maior que os de médio-porte.

E o Calvin comia muito. E fazia muito o que você faz quando você come muito. É bem natural isso.

Enfim, a casa do meu avô tem um quintal. E, na época, as paredes do lado de fora tinham umas manchas estranhas.
De baixo de uma das janelas que davam para o quintal, havia uma mancha muito estranha: era preta, parecia carvão, tinha mais-ou-menos meu tamanho (pouco mais de meio-metro, suponho) e tinha um estranho formato de cogumelo. Uma certa vez eu perguntei pra alguém:

-Quem fez isso?
-Foi o Calvin.

O.O' ???

Bom... eu não saquei muito bem, mas eu tentei fazer uma ligação.
O Calvin suja muito. O Calvin fez a mancha. Então, será que o Calvin...

*Imagina o cachorro ralando com a bunda na parede, apoiado só com as patas dianteiras, pra alcançar até onde a mancha chegava*

O.O' ???

Eu acreditei fielmente que a mancha tinha sido causada por um Calvin incomodado com coceiras por alguns anos.

Depois me foi revelado que a mancha tinha sido causada pela umidade.

Nya, perdeu a graça >.<

2 comentários:

Bruno Antonelli disse...

Ainda bem que você ainda era meio-normal, se fosse como é agora, imaginaria coisa pior. o-o"

Marcelo »Queijo disse...

*assoviando*