quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Sonho da Passagem Secreta

O sonho começa na sala da casa do meu avô (onde hoje mora o tio Mario), a sala parece meio vazia em comparação ao que costuma ser, como se estivéssemos esvaziando-a para pintar as paredes; eu reconheço a presença de alguns parentes próximo, que se ligam a mim de uma maneira ou outra: meu pai, o tio Mario e meus primos Alex e Max. 

Ao retirar o relógio da parede (que no sonho ficava muito alto e se posicionava na horizontal, ao invés de ser na vertical como o real), revelamos uma passagem secreta. 

O tio comentou algo do tipo, "alguém usou ela recentemente? Eu não passo desde criança". 

Todo mundo fez um comentário, como se ela fosse uma velha conhecida de nós cinco.  
Como se ela fosse um segredo da família, mas só nosso. Como se todos tivessem usado ela em algum momento, mas hoje em dia não fosse necessário

Escondida atrás do relógio horizontal, a parede era falsa e abria para um túnel que ia pela lateral da parede, para a esquerda e para a direita. 

O túnel era extremamente estreito, de modo que eu passaria por ele rastejando muito apertado, talvez quando mais novo fosse mais fácil. 

A lembrança da sensação claustrofóbica de ter que usar o túnel me fez até passar mal, e me ocorreu que se eu tentasse usar o túnel eu provavelmente me perderia - não era um túnel reto, haveria caminhos.

Caminhos esses que eu sinto que custei a memorizar, mas devo tê-lo feito com ajuda dos meus primos, pois usávamos a passagem juntos. 


Um dos lugares em que o túnel da esquerda terminava, se feito o caminho certo, era uma espécie de pátio.

Esse pátio me lembrava muito a parte de cima da casa do meu avô (que meu pai chamava "laje"), porém era distante, era secreto. Era só nosso. Era tipo um lugar feliz na minha infância. 


Nenhum comentário: